São Domingos de Gusmão
São Domingos de Gusmão
08 de agosto
O 1º Apóstolo do Rosário da Virgem Maria
“...antes que no seio fosses formado, eu já te conheci; antes de teu nascimento eu já te havia consagrado, e te havia designado Profeta das Nações (Jer. 1, 5)”.
Sua vida!
Na noite de 24 de junho do ano de 1170, na pequena cidade de Caleruega, em Castela, Província de Burgos na Espanha, nascia Domingos, o filho caçula do Conde, Dom Félix de Gusmão e Dona Joana D’Aza. Antes de nascer, sua mãe, profundamente religiosa, teve um sonho misterioso: viu um cão que trazia na boca uma tocha acesa que irradiava uma grande luz sobre o mundo (assim como o cão é fiel ao dono, São Domingos seria fiel a Deus, e com a tocha acesa, incendiou o mundo no amor de Deus).
Na Pia Batismal recebe o nome de Domingos, em homenagem ao Santo Abade Domingos de Silos. Ainda pequeno, porém, já em idade escolar, foi confiado aos cuidados de um tio padre que lhe ensinou as matérias elementares, além das funções litúrgicas e pastorais.
Quando completa 15 anos, aluga um quarto de pensão na cidade de Valência, e lá, dedica-se integralmente aos estudos na célebre Universidade de Valência. Destaca-se nas ciências liberais, cujo programa era a gramática, dialética, lógica, retórica, aritmética, música, geometria e astronomia. Cursou também filosofia, teologia e assim, obedecendo às aspirações de seu coração e ao chamado de Deus, tornou-se sacerdote.
Como sacerdote acompanhou o Bispo de Osma e, na viagem, pôde sentir de perto o problema religioso do sul da França e de outras regiões européias, infestadas por grupos religiosos, fanáticos e subversivos. Domingos decidiu permanecer no sul da França, dedicando-se junto com alguns sacerdotes, na simplicidade e na pobreza, ao ensinamento da Doutrina Cristã.
Deste grupo de pregadores surgiu a Ordem dos Pregadores ou Dominicanos, cujas características fundamentais eram: a espiritualidade sacerdotal com profunda formação teológica; o devotamento a Igreja, as almas, ao culto da verdade; a vida comunitária como meio ascético de santificação para maior desempenho da vida e ação sacerdotal; a espiritualidade apostólica, sobretudo na pregação.
Domingos era apaixonado pela música, e disto fez uso muitas vezes durante sua vida. No entanto, a grande alegria do jovem Pe. Domingos era caminhar por estradas, bosques e montes, cantando a “Salva Rainha”, meio pelo qual não cessava de louvar e enaltecer a Mãe do Filho de Deus, cantando-lhe as maravilhas dentro de uma poesia rica de lirismo e sentimento, muito próprio de sua época.
Nossa Santo reconhecia o valor dos que se enclausuravam, mas sabia que era também preciso agir, falar, fazer algo para que o Evangelho fosse anunciado. Assim, ele compreendeu a contemplação como meio principal pelo qual se formaria o missionário, o apostolo, através da oração, do estudo e da reflexão. É como se o dominicano fosse um vasilhame que colheu água da fonte para que os outros pudessem depois bebê-la. Por isso é que a Ordem tem por lema: “Dar aos outros o fruto da nossa contemplação”.
São Domingos e o Santo Rosário
Domingos de Gusmão, por meio de suas ardorosas pregações, tentou durante longos anos trazer de volta a Igreja todos aqueles que tinham se desviado da verdade do Evangelho. Porém, os eloqüentes sermões de São Domingos não conseguiam penetrar naqueles corações endurecidos e entregues a muitos vícios.
Domingos intensificou suas orações, aumentou suas penitências, porém pouco ou nada adiantaram seus esforços. As conversões eram raras e de efêmera duração. Vários, por pressão do ambiente, voltavam às práticas de seus erros.
Certo dia, São Domingos saiu de seu convento em Toulouse, no sul da França, decidido a obter de Deus as respostas para tantos fracassos. Entrou na floresta e entregou-se a oração e a penitência, disposto a não sair dali sem as devidas respostas.
Era ele muito devoto de Maria Santíssima e suas preces subiram até o trono do Altíssimo pelas mãos virginais da Mãe de Deus. Após três dias e três noites de incessante oração, quando as forças físicas já quase o abandonavam, apareceu-lhe a Virgem Maria, manifestando seu afeto maternal e sua grande predileção.
- Meu querido Domingos – disse-lhe Nossa Senhora com inefável suavidade – sabes de que meio se serviu a Santíssima Trindade para transformar o mundo?
- Senhora – respondeu São Domingos – vós sabeis melhor do que eu, porque depois de Vosso Filho Jesus Cristo, fostes vós o principal instrumento de nossa salvação.
- Eu te digo, então – continuou Maria Santíssima – que o instrumento mais importante foi à saudação angélica, ou a Ave Maria, que é o fundamento do Novo Testamento e portanto, se queres ganhar para Deus esses corações endurecidos, reza e propaga o meu Saltério (Minha Coroa de Rosas) .
São Domingos saiu dali com novo ânimo e imediatamente se dirigiu a Catedral de Toulouse para fazer uma pregação. Assim que Domingos começou a falar, nuvens espessas cobriram o céu e uma terrível tempestade abateu-se sobre a cidade.
São Domingos implorou a misericórdia de Deus e a proteção de Maria Santíssima, e por fim a tempestade acalmou, permitindo-lhe que falasse com toda a alma e todo o coração sobre as maravilhas do Rosário.
Os habitantes de Toulouse arrependeram-se de seus pecados, abandonaram seus erros e começaram a rezar o Rosário. Grande foi a mudança dos costumes na cidade.
Domingos tornou-se o Grande Apóstolo do rosário, e por meio do Rosário, Maria foi a verdadeira vencedora, pois ela reconduziu à fé católica todo aquele povo, salvando a França.
Foi São Domingos que compôs o cordão com as continhas, nas quais se rezavam Pais-Nossos e Ave-Marias, que são as orações evangélicas.
Encontrou-se com Francisco de Assis em Roma, quando ambos foram ao Papa pedir aprovação de suas ordens recém fundadas.
Domingos caminhou incansavelmente por toda a Europa, a pé, pregando a Evangelho, anunciando o Reino e propagando o Rosário.
São Domingos entregou sua Santa Vida ao Senhor no dia 06 de agosto de 1221, com a idade de 51 anos. No ano de 1234 foi canonizado pelo Papa Gragório IX.
Oremos
Ó São Domingos, zeloso pregador do Evangelho, que sempre foste sensível diante das misérias alheias, estende até nós as promessas que fizeste aos que choravam a tua derradeira partida, de ajudar-nos lá dos céus com tuas preces.
Ó Deus, que fizestes resplandecer a Vossa Igreja com a obra da pregação de vosso servo São Domingos, concedeis a todos os homens os bens necessários para viveram dignamente, mas sobretudo, abundância de bens espirituais.
Amém
Paz e Bem!
08 de agosto
O 1º Apóstolo do Rosário da Virgem Maria
“...antes que no seio fosses formado, eu já te conheci; antes de teu nascimento eu já te havia consagrado, e te havia designado Profeta das Nações (Jer. 1, 5)”.
Sua vida!
Na noite de 24 de junho do ano de 1170, na pequena cidade de Caleruega, em Castela, Província de Burgos na Espanha, nascia Domingos, o filho caçula do Conde, Dom Félix de Gusmão e Dona Joana D’Aza. Antes de nascer, sua mãe, profundamente religiosa, teve um sonho misterioso: viu um cão que trazia na boca uma tocha acesa que irradiava uma grande luz sobre o mundo (assim como o cão é fiel ao dono, São Domingos seria fiel a Deus, e com a tocha acesa, incendiou o mundo no amor de Deus).
Na Pia Batismal recebe o nome de Domingos, em homenagem ao Santo Abade Domingos de Silos. Ainda pequeno, porém, já em idade escolar, foi confiado aos cuidados de um tio padre que lhe ensinou as matérias elementares, além das funções litúrgicas e pastorais.
Quando completa 15 anos, aluga um quarto de pensão na cidade de Valência, e lá, dedica-se integralmente aos estudos na célebre Universidade de Valência. Destaca-se nas ciências liberais, cujo programa era a gramática, dialética, lógica, retórica, aritmética, música, geometria e astronomia. Cursou também filosofia, teologia e assim, obedecendo às aspirações de seu coração e ao chamado de Deus, tornou-se sacerdote.
Como sacerdote acompanhou o Bispo de Osma e, na viagem, pôde sentir de perto o problema religioso do sul da França e de outras regiões européias, infestadas por grupos religiosos, fanáticos e subversivos. Domingos decidiu permanecer no sul da França, dedicando-se junto com alguns sacerdotes, na simplicidade e na pobreza, ao ensinamento da Doutrina Cristã.
Deste grupo de pregadores surgiu a Ordem dos Pregadores ou Dominicanos, cujas características fundamentais eram: a espiritualidade sacerdotal com profunda formação teológica; o devotamento a Igreja, as almas, ao culto da verdade; a vida comunitária como meio ascético de santificação para maior desempenho da vida e ação sacerdotal; a espiritualidade apostólica, sobretudo na pregação.
Domingos era apaixonado pela música, e disto fez uso muitas vezes durante sua vida. No entanto, a grande alegria do jovem Pe. Domingos era caminhar por estradas, bosques e montes, cantando a “Salva Rainha”, meio pelo qual não cessava de louvar e enaltecer a Mãe do Filho de Deus, cantando-lhe as maravilhas dentro de uma poesia rica de lirismo e sentimento, muito próprio de sua época.
Nossa Santo reconhecia o valor dos que se enclausuravam, mas sabia que era também preciso agir, falar, fazer algo para que o Evangelho fosse anunciado. Assim, ele compreendeu a contemplação como meio principal pelo qual se formaria o missionário, o apostolo, através da oração, do estudo e da reflexão. É como se o dominicano fosse um vasilhame que colheu água da fonte para que os outros pudessem depois bebê-la. Por isso é que a Ordem tem por lema: “Dar aos outros o fruto da nossa contemplação”.
São Domingos e o Santo Rosário
Domingos de Gusmão, por meio de suas ardorosas pregações, tentou durante longos anos trazer de volta a Igreja todos aqueles que tinham se desviado da verdade do Evangelho. Porém, os eloqüentes sermões de São Domingos não conseguiam penetrar naqueles corações endurecidos e entregues a muitos vícios.
Domingos intensificou suas orações, aumentou suas penitências, porém pouco ou nada adiantaram seus esforços. As conversões eram raras e de efêmera duração. Vários, por pressão do ambiente, voltavam às práticas de seus erros.
Certo dia, São Domingos saiu de seu convento em Toulouse, no sul da França, decidido a obter de Deus as respostas para tantos fracassos. Entrou na floresta e entregou-se a oração e a penitência, disposto a não sair dali sem as devidas respostas.
Era ele muito devoto de Maria Santíssima e suas preces subiram até o trono do Altíssimo pelas mãos virginais da Mãe de Deus. Após três dias e três noites de incessante oração, quando as forças físicas já quase o abandonavam, apareceu-lhe a Virgem Maria, manifestando seu afeto maternal e sua grande predileção.
- Meu querido Domingos – disse-lhe Nossa Senhora com inefável suavidade – sabes de que meio se serviu a Santíssima Trindade para transformar o mundo?
- Senhora – respondeu São Domingos – vós sabeis melhor do que eu, porque depois de Vosso Filho Jesus Cristo, fostes vós o principal instrumento de nossa salvação.
- Eu te digo, então – continuou Maria Santíssima – que o instrumento mais importante foi à saudação angélica, ou a Ave Maria, que é o fundamento do Novo Testamento e portanto, se queres ganhar para Deus esses corações endurecidos, reza e propaga o meu Saltério (Minha Coroa de Rosas) .
São Domingos saiu dali com novo ânimo e imediatamente se dirigiu a Catedral de Toulouse para fazer uma pregação. Assim que Domingos começou a falar, nuvens espessas cobriram o céu e uma terrível tempestade abateu-se sobre a cidade.
São Domingos implorou a misericórdia de Deus e a proteção de Maria Santíssima, e por fim a tempestade acalmou, permitindo-lhe que falasse com toda a alma e todo o coração sobre as maravilhas do Rosário.
Os habitantes de Toulouse arrependeram-se de seus pecados, abandonaram seus erros e começaram a rezar o Rosário. Grande foi a mudança dos costumes na cidade.
Domingos tornou-se o Grande Apóstolo do rosário, e por meio do Rosário, Maria foi a verdadeira vencedora, pois ela reconduziu à fé católica todo aquele povo, salvando a França.
Foi São Domingos que compôs o cordão com as continhas, nas quais se rezavam Pais-Nossos e Ave-Marias, que são as orações evangélicas.
Encontrou-se com Francisco de Assis em Roma, quando ambos foram ao Papa pedir aprovação de suas ordens recém fundadas.
Domingos caminhou incansavelmente por toda a Europa, a pé, pregando a Evangelho, anunciando o Reino e propagando o Rosário.
São Domingos entregou sua Santa Vida ao Senhor no dia 06 de agosto de 1221, com a idade de 51 anos. No ano de 1234 foi canonizado pelo Papa Gragório IX.
Oremos
Ó São Domingos, zeloso pregador do Evangelho, que sempre foste sensível diante das misérias alheias, estende até nós as promessas que fizeste aos que choravam a tua derradeira partida, de ajudar-nos lá dos céus com tuas preces.
Ó Deus, que fizestes resplandecer a Vossa Igreja com a obra da pregação de vosso servo São Domingos, concedeis a todos os homens os bens necessários para viveram dignamente, mas sobretudo, abundância de bens espirituais.
Amém
Paz e Bem!
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