Nossa Senhora do Bom Conselho


Nossa Senhora do Bom Conselho

26 de abril

“Guarda, filho meu, os preceitos de teu pai, não desprezes o ensinamento de tua mãe!”. (Provérbios – 6, 20).

Quero recostar em teu regaço, e como filho, cansado da caminhada, experimentar a suavidade de teu consolo e atender aos teus conselhos cheios de ternura maternal!
Conselho “é a capacidade de julgar e discernir o que é mais conveniente fazer ou não em determinadas situações complexas...”. Todos nós, que buscamos a realização humana e almejamos a santidade, precisamos do dom do conselho.
Sabemos que como dom do Espírito Santo, o conselho é de um valor inestimável para o bom direcionamento de nossos atos e no reto empenho de nossas responsabilidades na comunidade e na sociedade.
Devemos implorar ao Espírito Santo sempre um novo derramamento de Seus dons, e, com toda confiança, devemos recorrer à intercessão de Maria Santíssima, mulher cheia de Espírito Santo, invocando sua ajuda e seu bom do conselho.
A invocação ou título “Mãe do Bom Conselho”, foi incluído na ladainha Lauretana da Nossa Senhora pelo Papa Leão XIII
Como Mãe do Bom Conselho, Maria guardava tudo cuidadosamente em Seu coração. Ela, mulher orante e atuante, esvaziava-se de si mesma para ser preenchida pelo Espírito Santo. Maria nunca ficou indiferente àquilo que Deus lhe falou e graças a essa intimidade com o Santo Espírito de Deus, soube discernir suas opções e atitudes diante do projeto de salvação.
Uma das passagens mais belas do evangelho é, sem dúvida, a das bodas de Caná da Galiléia. Nela Jesus ouve o apelo de Sua Mãe, um apelo confiante e comprometido com as necessidades alheias. Acredito que o que mais tocou o coração de Jesus foi o pronto conselho que Maria deu aos servos: “Fazei tudo o que Ele vos disser”.
Em Caná da Galiléia o conselho de Maria está em sintonia com a fórmula da fé da aliança que a comunidade pronunciou no Monte Sinai no Êxodo (19, 1- 8): “Faremos tudo o que disse Iahweh.”
A liturgia da igreja aplica a Maria o elogio da mulher perfeita: “Abria Sua boca com sabedoria e a lei da clemência estava em Sua língua” (Prov. 31, 26).
O dom do conselho deve ser motivo de constantes orações e súplicas, especialmente para pais, professores, médicos, juízes, psicólogos, cientistas, políticos, etc.

O Ícone da Mãe do Bom Conselho


O que a tradição nos diz é que entre os anos 432 e 440 o Papa Xisto III idealizou e mandou construir uma pequena igreja dedicada a Nossa Senhora do Bom Conselho na cidade de Genezzano, na Itália. O imperador Constantino, após sua conversão, doou a cidade de Genezzano a Igreja.
A cidade de Scutari, na Albânia, gozava do privilégio de ter também uma igreja dedicada a Mãe do Bom Conselho. Lá, o povo reconhecido pelos inúmeros benefícios concedidos por Deus pela intercessão de Maria, não cessava de render graças e louvores.
O amor do povo albanês pelo ícone da Mãe do Bom Conselho era manifestado por grandes romarias e peregrinações.
No ano de 1467, os turcos maometanos invadiram e dominaram a Albânia: os que mais sofreram foram os cristãos. A perseguição levou muitos albaneses cristãos a abandonarem o país e buscar asilo em outros lugares. Conta a tradição que o quadro da Virgem do Bom Conselho foi retirado da parede e como que envolto por uma nuvem, elevou-se ao céu em direção a Roma.
Em Genezzano, o pequeno santuário estava com as estruturas comprometidas, em ruínas pela ação do tempo e também pela falta de recursos. Os esforços da irmã Pedrina (irmã da ordem terceira de Sto. Agostinho), estavam esgotando-se: confiava na providência divina e desejava reconstruir o antigo santuário.
Era o dia 25 de abril, festa de São Marcos evangelista, realizava-se uma feira pública naquela cidade. Repentinamente surgiu no céu uma nuvem em forma de coluna que chamava atenção de todos. A nuvem desceu sobre a virgem da Nossa Senhora do Bom Conselho e imprimiu na parede, à vista de todos, a imagem da igreja da Albânia. A cidade ficou em polvorosa e as conversões foram inúmeras. Grandes peregrinações acorreram ao local para contemplar a Virgem do Bom Conselho. Em breve a igreja foi reconstruída com os recursos dos fiéis e devotos.
Dois peregrinos albaneses, ao saberem do fato, foram a Genezzano e lá puderam contemplar novamente a imagem que havia sumido de sua terra natal.
Durante muitos anos os albaneses desejavam que o ícone fosse devolvido, porém somente no pontificado de João Paulo II que as relações com os albaneses foram reatadas. João Paulo II dirigiu-se a Albânia e no antigo templo colocou uma réplica fiel da Mãe do Bom Conselho; o Vaticano reconstruiu o santuário e assim foi selada a paz entre o governo Albanês e a Igreja Católica.
Somos Teus filhos, Mãe do Bom Conselho! Roga e intercede por nós!

Paz e Bem!

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