Santo Homobono


Santo Homobono

13 de novembro

“Patrono dos alfaiates, costureiras, e dos comerciantes de tecidos”


“Guardai-vos de fazer vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles do contrário, não tereis recompensa junto de vosso pai que está no céu.” (Mateus 6,1)

No ano de 1140, nasceu em Cremona, na Itália, Homobono que significa “homem bom”, filho de um modesto alfaiate e comerciante de tecidos.
Seus pais deram-lhe uma educação esmerada e ensinaram-lhe princípios rígidos de honestidade e moralidade.
Quando chegou a idade de 18 anos, Homobono foi ajudar seus pais no pequeno comércio e iluminado pela graça divina, procurou sempre meditar o versículo do livro do Eclesiástico que diz: “Duas coisas me parecem difíceis e perigosas – dificilmente evitara erros o que negocia.” (Ecl 2,2 8)
Antes do expediente, logo pela manhã fazia suas matinas; assistia a Santa Missa e aí sim abria o comércio com grande alegria. Homobono sempre repetia que: “Sem a benção de Deus nada se faz”, para ele era essa a maior expressão de verdade.
Durante todo o dia zelava para que os tecidos fossem cortados com muito cuidado, evitando assim desperdícios ou prejuízo a quem comprava.
Suas balanças eram cuidadosamente controladas para que correspondessem ao verdadeiro peso nem a mais, nem a menos; sempre o que era justo.
Corretíssimo era em seus compromissos, suas contas eram pagas até com certa antecedência, não admitia que por sua culpa, alguém fosse prejudicado.
Era sempre atencioso e gentil com todos e para com todos tinha um sorriso afetuoso, uma palavra de conforto ou um gesto de carinho.
Os domingos e dias-santo eram guardados com o devido respeito, assistia a Santa Missa, e por algum tempo permanecia junto ao sacrário em adoração.
Para os pais era sempre bom filho e mesmo sendo maior mostrava-se obediente e respeitoso. E foi em obediência que aceitou a esposa que lhe indicaram.
Logo após seu casamento, experimenta a dor da perda de seu pai. Homobono é obrigado a assumir o comando dos negócios da família.
Os pobres, os desvalidos, os esquecidos e marginalizados encontravam em Homobono o amparo necessário, de todos se fez amigo e deles recebeu o título de “Pai dos Pobres”.
Era tudo para todos, levava alegria aos tristes, consolo aos desanimados, amparo aos necessitados, e esperança aos esquecidos e marginalizados.
Sua esposa, não tendo um coração generoso e amável, repreendia Homobono, chamando-o de exagerado. Nutria, ela certo receio de que a liberalidade de Homobono pudesse causar a ruína da família.
Nosso Santo Homobono sofria com os insultos e ofensas de sua esposa, porém em nada mudou com relação às obras de caridade.
Toda a Itália sofreu com o caos econômico, o dinheiro perdera seu valor, todos sentiram os terríveis efeitos da crise, os pobres ainda mais, e era na porta da casa de Homobono que uma multidão se aglomerava em busca do pão.
Num determinado dia, Homobono distribuiu todos os pães, e tudo o que tinha na dispensa. Sem reservar nada para os seus.
A noite sua esposa dirigiu-se a dispensa para se certificar do estrago que o marido fizera e pensando encontrar as prateleiras vazias, assiste estupefata o milagre da multiplicação. Tudo que possuíam antes continuava lá, e ainda em maior quantidade.
Tocada pela graça, ela implora o perdão do marido e de Deus, desde aquela data não só aceitou a generosidade de Homobono, como também o incentivava a fazer mais caridade.
Homobono, era bem conhecido, respeitado e amado por todos em sua cidade e região, sua vida foi marcada por fatos extraordinários, porém santificou-se nos pequenos gestos do dia-a-dia e na simplicidade do cotidiano.
No dia 13 de novembro de 1197, estando Homobono com sua esposa assistindo a Santa Missa é acometido de um mal súbito, e ali une-se aquele que era a razão de sua existência.
Ecoaram os gritos e soluços pelas ruas e praças de Cremona “Morreu o Pai dos Pobres”. Milhares de pessoas vieram ao seu funeral para manifestar gratidão e reconhecimento.
Seu sepultamento foi grandioso e todo o povo, em lágrimas, despedia-se do Santo “Homem Bom”!

Homobono de ti aprendemos que a esmola dada ao pobre não consome a fortuna. Em Provérbio 28,27 lemos que “Quem dá aos pobres não sofrerá necessidade. Quem pratica misericórdia, será abençoado”.
Paz e Bem!

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