A Santíssima Virgem é elevada aos Céus!
15 de Agosto.
“Apareceu, em seguida, um grande sinal no céu: Uma mulher revestida de
sol, a lua debaixo de seus pés, e na cabeça uma coroa de doze estrelas”.(Ap
12,1.
Ao ser descido da cruz, o Senhor é colocado sobre os braços de sua Mãe,
e ali, Ele é novamente o filho de Maria. Aquela mãe dolorosa acaricia seus
cabelos ressequidos de sangue, beija seu rosto desfigurado e toca suavemente as
chagas de suas mãos. Quantas lembranças! Tudo quanto ela guardava no seu
coração começava a ser desvendado.
Jesus é ungido, lavado e colocado no túmulo, e sua mãe assiste a cena
com o coração silencioso, confiante na promessa da ressurreição.
Diz o evangelho secreto da Santíssima Virgem Maria,: “Na madrugada de
sábado para domingo... Rezando e chorando, de joelhos junto à cama, voltei a
adormecer. A cabeça e os braços sobre o leito, não sei quantas horas estive
assim, só me lembro que, igual a trinta e quatro anos antes, senti, de repente,
que havia alguém no quarto em que eu estava ,,despertei sobressaltada... Tinha
a sensação de que uma luz extraordinária brilhava ao meu redor ainda que tudo continuasse
as escuras.
Então vi... Ali estava e era Ele, esperando e velando o meu sono.
“Filho”, gritei e me lancei em seus braços. “Mãe”, disse-me enquanto passava a
mão por meus cabelos em desordem, “tranqüiliza-te”. Já aconteceu tudo. Estou de
novo aqui contigo! Então me beijou... “Vencemos Mãe, vencemos. Enfim derrotamos
o maligno. Finalmente a morte esta proscrita. A batalha dura e angustiante, mas
a vitória é nossa e é definitiva. Também tu tiveste parte nela... Quanto me
ajudou tua fortaleza e como me consolou ver-te ali junto à cruz, cheia de fé e
de esperança”.
“O ultimo inimigo a ser destruído é a morte”. Lemos na primeira carta
aos Coríntios. A morte, fruto do pecado, já não tem mais poder sobre quem não
tem pecado. “Ave, cheia de graça”, disse o anjo a Maria, por que nela não há
espaço para o que não é a vida de Deus.
Após 40 dias, gloriosamente ressuscitado, Jesus subiu ao Monte das
Oliveiras... Abençoou os seus e se elevou ao céu por seu próprio poder... Dois
anjos vestidos de branco vieram lembrá-los das realidades da vida. A Virgem e
os discípulos retornaram juntos ao cenáculo.
Juntos estavam no cenáculo, 50 dias após a ressurreição, Maria e os
apóstolos quando o Espírito Santo prometido veio sobre eles e todos ficaram
cheios do poder de Deus, ali em Pentecostes nasceu a Igreja de Jesus Cristo
,com Maria e as doze colunas (os apóstolos) que a sustentariam, e sob o comando
de Pedro, Papa Francisco.
Maria devia passar ainda muitos anos sobre a terra (dizem alguns que
foram 30 anos), onde saboreara alegrias na intimidade de seu filho presente na
Santa Eucaristia. Privada doravante de sua presença visível, ela devia exercer
junto à Igreja nascente o papel de mãe, que lhe havia confiado o próprio Jesus.
Segundo a tradição, Maria recebeu Jesus eucarístico, pela primeira vez,
das mãos do Apóstolo Pedro, e depois que foi com João Evangelista para
Éfeso.Diariamente recebia, das mãos do Apóstolo que Jesus amava, e que confiou
sua mãe, por não ter irmãos.
Quanto mais se prolongava o exílio, mais aumentava o desejo de partir e
ir ao encontro de seu filho, e quando chega o momento, por ela tão esperado, e
pressentindo que era chegada a hora de ir , Maria volta para Jerusalém, os
Apóstolos são avisados e todos se dirigem para Jerusalém para as ultimas recomendações
e despedidas.
Quando a Imaculada exalou o ultimo suspiro, os apóstolos lhe prepararam
piedosamente os funerais, a Santíssima adormeceu no Senhor, e foi sepultada
conforme os costumes judaicos, num tumulo que se encontra na vizinhança do
Gethesêmani.
Três dias depois do sepultamento, conforme a tradição, chegou o apostolo
Tomé. Pesaroso por não terchegado a tempo de
assistir a despedida da Mãe, (conforme era chamada por todos os
Apóstolos), insistiu com os apóstolos para que lhe abrissem o sepulcro para que
pudesse contemplar pela ultima vez o rosto virginal de Maria.
Os apóstolos cederam, mas quando abriram o tumulo, encontraram-no vazio.
Só acharam os lençóis de linho, alvíssimos, e que exalavam um perfume
celestial, belas rosas cobriam a pedra e a piedosa correia, que a Santíssima
Virgem usava na cintura.
Era costume na Judéia, andarem as mulheres cingidas com uma correia,
desde pequenas como símbolo de pureza. A santíssima Virgem Maria, como toda a
judia, também usou, durante toda a sua vida, uma correia, sendo com ela
sepultada.
Diz ainda, a tradição, que o Apostolo Tomé venerou, com muito respeito,
a correia de Maria e, daquele dia em diante, usou uma correia semelhante em
homenagem a Mãe. A correia original ficou no sepulcro e mais tarde Santa Pulquéria,
a fez transportar para Constantinopla e colocá-la numa magnífica igreja em
honra a Nossa Senhora,e assim, começou a difusão da Sagrada Correia entre o
povo fiel.
A Santíssima Virgem Maria é levada aos céus pelos anjos de Deus. Aquele
corpo Imaculado, que gerou o Salvador da humanidade, não poderia conhecer a
corrupção.
“Quem é esta que sobe?” Assim teriam perguntado uns aos outros, os
espíritos celestes que aguardavam a subida da Imaculada, pasmados de sua
inefável beleza. “Quem é esta que sobe como a aurora, quando se levanta,
formosa como a lua, brilhante como o sol, terrível como um exército em ordem de
batalha? Quem é esta que sobe do deserto, inebriada de delicias, apoiada sobre
seu amado?”. (Cant, 6,9;8,5).
Seu amado filho Jesus indo ao encontro de sua mãe dulcíssima, tê-la-ia
convidado e chamado com carinhosas frases repassadas de amorosas saudades, e
conduzida por ele até o trono do Pai celeste, este coroa a sua dileta filha com
a coroa do poder, para que se torne a rainha do céu e da terra.
O Verbo Encarnado coroa sua Mãe Imaculada com a coroa da sabedoria, para
que se torne nossa “Mestra e a sede da sabedoria”.
O Espírito Santo coroa sua castíssima esposa com a coroa do amor e da
graça, para que se torne a “Medianeira e dispensadora das graças divinas”.
O Dogma
Atendendo a expectativa e a pedidos do povo católico do mundo inteiro, o
Papa Pio XII definiu, em 1950, na Assunção de Nossa Senhora, como dogma de fé,
pela constituição apostólica munificentissimus Deus, e afirmou: “A Imaculada Mãe
de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi
assunta em corpo e alma a gloria celestial”. 1º de novembro de 1950
Bendita seja sua glória e Assunção Gloriosa.
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