São Boaventura O.F.M.
"SÃO BOAVENTURA O.F.M"
"15 DE JUNHO"
"Fostes
instruído desde a tua juventude e como um rio foste cheio do saber.
Boa Ventura foste amado
em tua Paz." (Lt. Horas)
O ar primaveril das montanhas e vales da Toscana inspiram os
sábios, doutores e até mesmo os poetas, em seus devaneios a Toscana é, por
excelência o esconderijo de Deus.
Foi na Toscana, na pequena Bagnarea que nasceu em 1218 o
pequeno João Fidanza, o primogênito de uma família nobre e piedosa.
Quando completou 4 anos, o pequeno João adoeceu gravemente, e
seu estado foi piorando a cada dia, todos os esforços pareciam inúteis. Sua
mãe, já em desespero, correu ao encontro do jovem Francisco de Assis, sua fama
corria a Itália.
Francisco de Assis tomou o menino em seus braços e orou sobre
ele, imediatamente a pele voltou à coloração natural, a febre cedeu e um belo
brilho nos seus olhos, pôde ser percebido por todos os presentes.
O menino sorriu e Francisco com um grito de júbilo exclamou:
"oh buona ventura", por esse fato passou a ser chamado de Boa Ventura.
Crescia o pequeno Boa Ventura em idade, sabedoria e graça
diante de Deus e dos homens. Era dotado de uma memória esplêndida, uma
sabedoria magistral e de uma humildade exemplar.
Aos 20 anos decidiu entrar na Ordem Franciscana, a ordem
ainda sentia a morte de seu seráfico pai e fundador, Francisco de Assis; porém
ainda se respirava o frescor do carisma inicial.
Frei Boaventura em tudo era obediente aos seus superiores,
nenhum trabalho lhe era penoso, ou inconveniente, em tudo rendia graças a Deus.
Foi por uma determinação superior que partiu para a França,
em Paris Frei Boaventura teria como mestre o célebre Alexandre de Hales. A
virtude da inocência, a candura da alma levaram o mestre Alexandre dizer que em
Boaventura: " o pecado original nele não achou lugar".
O sacramento da ordem imprimiu em Frei Boaventura o dom da
eloquência, o ardor da fé que o fazia prescrutar os corações dos fiéis. Foi
nomeado professor de teologia na universidade de Sorbonne em Paris.
Frei Boaventura, Santo Alberto Magno e Tomás de Aquino,
formaram o tripé da teologia de seu tempo; suas obras, seus escritos, seus
comentários bíblicos, hinos sacros e poesias são atuais até os dias de hoje.
Nas mortificações procurava praticar sempre a virtude da
humildade. Por tantas virtudes foi eleito superior geral da ordem, e por 18
anos dirigiu os destinos da ordem, foi o 2º sucessor de São Francisco de Assis.
Frei Boaventura, era um homem de boa escrita, vários livros
foram por ele belamente escritos, entre eles o culto a Virgem Maria e a
biografia de São Francisco de Assis.
Um dos seus maiores amigos e admiradores foi são Tomaz de
Aquino, que era também seu grande admirador. Em uma de suas visitas Tomaz de
Aquino perguntou=lhe onde estava sua biblioteca. Boaventura apontou para o
crucificado e disse-lhe:
"Eis a biblioteca, de que tiro tudo que ensino".
Em suas caminhadas, em seus sermões era eloquente e
convincente, suas exortações eram simples e piedosas. As conversões eram
incontáveis...
Por algumas vezes recusou a mitra e o anel episcopal, porém o
Papa Gregorio X, sucessor de Clemente IV, elevou-o à qualidade de cardeal da
igreja católica, confiando-lhe a diocese de Alba. Os portadores do papa
encontraram São Boaventura lavando louças e tiveram que esperar o término dos
serviços para entregar-lhe a nomeação cardinalícia.
Foi membro de destaque no concílio de Lyon, o seu zelo pela
igreja era algo de extraordinária convicção.
No ano de 1274, ao completar 52 anos, morre Frei Boaventura,
sua morte foi lamentada pelo papa e por todo o colégio cardinalício.
Lyon se despediu de Frei Boaventura, banhada em lágrimas de
dor e saudade.
Alguns anos mais tarde, os hugenotes se apoderaram de Lyon e
violaram o túmulo de São Boaventura, suas relíquias foram incineradas e suas
cinzas atiradas ao rio. Somente o crânio foi salvo por um sacerdote.
São Boaventura é intitulado: "Doutor Seráfilo".
"O bem é Deus, bem infinitamente superior ao mais
eminente serviço humano".
(São Boaventura).
Paz e Bem!
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