O menino Jesus e a pequena Rebeca
O menino Jesus e a pequena Rebeca
“Naquele dia, os surdos ouvirão as palavras do Senhor e os olhos dos cegos verão no meio das trevas e das sombras” (Is. 29, 18).
No campo dos pastores, próximo a Belém, todos já se preparavam para o descanso, a noite avançava, o frio era intenso, porém o céu parecia querer anunciar algo de extraordinário, as estrela brilhavam como nunca!
No acampamento, a barraca de Jacó e Mírian, ainda estava com as candeias acesas, e de lá ouviam-se vozes.
Mirian penteava os lindos cabelos da pequena Rebeca, enquanto Jacó contemplava o firmamento.
- Não consigo tirar os olhos do céu. O brilho das estrelas é encantador, disse Jacó.
- Mamãe, como são as estrelas? E que brilho elas têm?, perguntou Rebeca.
Rebeca, a única filha do casal, estava com 4 anos, era uma linda menina de cabelos encaracolados até os ombros e seus olhos lindos e amendoados, escondiam uma deficiência visual desde o nascimento.
- Bem, Rebeca, as estrelas não têm uma forma definida, estão muito longe de nós, e o que conseguimos perceber é que são incontáveis, então o que conseguimos contemplar é sua luminosidade.
- Acho que sei como é! Vou dormir imaginando o meu céu e as minhas estrelas, respondeu Rebeca.
Jacó faz as orações do final do dia e preparam-se para descansar. Apagam-se as lamparinas.
Rebeca adormece abraçada a sua pequena ovelhinha Dana; a noite estava apenas começando.
Rompe-se o silêncio! Ouve-se por todo o campo, como o cantar harmônico de anjos, e, eis que todos se levantam assustados.
- O que houve?
- Que significam esses sons?
Apareceu então sobre eles um anjo do Senhor e a glória do Senhor os cercou de luz, de sorte que eles foram tomados de grande medo. Mas, o anjo disse-lhes, “Não temais, pois vos anuncio uma grande alegria para todo o povo. Nasceu-vos hoje, na cidade de Davi, o Salvador que é o Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: encontrareis um menino envolto em faixas e deitado numa manjedoura”. De repente, uniu-se ao anjo uma multidão dos exércitos celestes que louvavam a Deus e diziam: “Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens de boa vontade” (Lc. 2, 9 – 14).
A sensação era de júbilo e esperança, e todos saíram ao encontro do menino. Jacó e Mírian, também encantados com o acontecido, seguem os outros e deixam Rebeca dormindo.
Percebendo movimentos e sons, Rebeca levanta-se, toma seu cajado pequeno e com Dana no colo, sai atrás de todos.
Todos os outros pastores se agitam e fazem até bastante barulho, na procura do Salvador.
Rebeca segue sua intuição; o que procura, nem ela sabe e realmente, apenas saiu do acampamento com os outros sentidos bastante aguçados, ela ouve por primeiro o choramingo de um bebê! “Parece que um bebê está chorando?!”. Passo a passo vai se aproximando da gruta, e eis que está à porta, e com um largo sorriso exclama! “Achei o chorãozinho!”.
Nossa Senhora, achando muita graça e sinceridade naquelas palavras, perguntou: “O que faz uma menina tão linda e tão pequenina aqui sozinha? Como você se chama e onde estão seus pais?
- Meu nome é Rebeca, e esta é Dana, meus pais saíram do acampamento com todos os outros a procura de não sei o que e eu saí atrás e me perdi de todos. Eu ouvi um bebê chorando e cheguei aqui.
Maria se encanta com Rebeca e pede que se aproxime.
Passo a passo Rebeca se aproxima e Maria percebe sua deficiência, e sem querer demonstrar, faz sinal a São José que a tome pela mão.
O jovem casal se encanta com Rebeca, e Maria tomando sua mãozinha tão gelada pelo frio, traz até o menino que acabava de mamar. “Ah! está aqui o chorãozinho. Parece bem gordinho”. E assim ia tocando por todo o corpo do menino; chegou à cabeça, massageou seus cabelos, chegou aos olhos e levemente acarinhou olhos, ouvidos, boca. “Ele é tão lindo que parece um anjo, disse Rebeca. “Realmente ele muito lindo assim como você é linda Rebeca!”, disse José com voz embargada.
O menino faz alguns movimentos, como querendo retribuir tanto carinho. Nossa Senhora, percebendo que as mãozinhas do menino desejavam alcançar o rosto de Rebeca, levou-as de encontra a ele. “Como seus dedinhos são quentes, parecem ferro em brasa!
- Você já tocou em ferro quente?, perguntou São José.
- É, só foi uma vez, pois meu pai me repreendeu.
- E com razão, disse ele, é muito perigoso.
De repente, as mãozinhas do menino tocaram os olhos de Rebeca e por alguns segundos ali permaneceram até que a menina exclama, “Parece que meus olhos estão queimando”, diz ela, esfregando suas mãos contra eles.
- José, traga aquele pano, disse Maria.
Enquanto o menino permanecia brincando, Maria massageia os olhos de Rebeca. “Passou!”, diz ela.
Rebeca percebe uma luminosidade intensa e tudo vai tomando forma ao seu redor até que seus olhos se encontram com os do menino e ela exclama, “Como você é lindo”. O menino retribui com um gracioso sorriso! José e Maria parecem não acreditar no que estão vendo, será que Rebeca está enxergando; o que realmente aconteceu, se tudo parece estar parado no tempo.
Rebeca, olhando para Maria, diz, “A senhora é muito linda!” e a José, “E o senhor também”, e de seus lindos olhos brilhantes correram lágrimas de uma emoção sem explicação, emoção que é dos três.
Ouvem-se murmúrios, são os pastores chegando. Silenciosamente vão entrando e reverenciando o Salvador anunciado. Por fim, entram Jacó e Mirian e ficam duplamente emocionados, afinal, Rebeca chegara ali, e que brilho era aquele que havia em seus olhos?
Mirian aproximou-se de Rebeca e chegando bem perto da menina, que estava encantada diante da beleza de Jesus, disse, “Filha, como você chegou aqui?
- Mamãe, como você é linda, muito mais linda! E olhe o menino, seu nome é Jesus, ele tem os dedos e as mãos tão quentinhas que abriram meus olhos.
A emoção foi geral, porém o primeiro olhar daquela menina foi para o Eterno, o Verbo de Deus que se fez carne e habitou entre nós.
Rebeca, a primeira visitante do menino Jesus, um olhar que jamais se apagará de sua lembrança até o final de seus longos e felizes dias.
“Naquele dia, os surdos ouvirão as palavras do Senhor e os olhos dos cegos verão no meio das trevas e das sombras” (Is. 29, 18).
No campo dos pastores, próximo a Belém, todos já se preparavam para o descanso, a noite avançava, o frio era intenso, porém o céu parecia querer anunciar algo de extraordinário, as estrela brilhavam como nunca!
No acampamento, a barraca de Jacó e Mírian, ainda estava com as candeias acesas, e de lá ouviam-se vozes.
Mirian penteava os lindos cabelos da pequena Rebeca, enquanto Jacó contemplava o firmamento.
- Não consigo tirar os olhos do céu. O brilho das estrelas é encantador, disse Jacó.
- Mamãe, como são as estrelas? E que brilho elas têm?, perguntou Rebeca.
Rebeca, a única filha do casal, estava com 4 anos, era uma linda menina de cabelos encaracolados até os ombros e seus olhos lindos e amendoados, escondiam uma deficiência visual desde o nascimento.
- Bem, Rebeca, as estrelas não têm uma forma definida, estão muito longe de nós, e o que conseguimos perceber é que são incontáveis, então o que conseguimos contemplar é sua luminosidade.
- Acho que sei como é! Vou dormir imaginando o meu céu e as minhas estrelas, respondeu Rebeca.
Jacó faz as orações do final do dia e preparam-se para descansar. Apagam-se as lamparinas.
Rebeca adormece abraçada a sua pequena ovelhinha Dana; a noite estava apenas começando.
Rompe-se o silêncio! Ouve-se por todo o campo, como o cantar harmônico de anjos, e, eis que todos se levantam assustados.
- O que houve?
- Que significam esses sons?
Apareceu então sobre eles um anjo do Senhor e a glória do Senhor os cercou de luz, de sorte que eles foram tomados de grande medo. Mas, o anjo disse-lhes, “Não temais, pois vos anuncio uma grande alegria para todo o povo. Nasceu-vos hoje, na cidade de Davi, o Salvador que é o Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: encontrareis um menino envolto em faixas e deitado numa manjedoura”. De repente, uniu-se ao anjo uma multidão dos exércitos celestes que louvavam a Deus e diziam: “Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens de boa vontade” (Lc. 2, 9 – 14).
A sensação era de júbilo e esperança, e todos saíram ao encontro do menino. Jacó e Mírian, também encantados com o acontecido, seguem os outros e deixam Rebeca dormindo.
Percebendo movimentos e sons, Rebeca levanta-se, toma seu cajado pequeno e com Dana no colo, sai atrás de todos.
Todos os outros pastores se agitam e fazem até bastante barulho, na procura do Salvador.
Rebeca segue sua intuição; o que procura, nem ela sabe e realmente, apenas saiu do acampamento com os outros sentidos bastante aguçados, ela ouve por primeiro o choramingo de um bebê! “Parece que um bebê está chorando?!”. Passo a passo vai se aproximando da gruta, e eis que está à porta, e com um largo sorriso exclama! “Achei o chorãozinho!”.
Nossa Senhora, achando muita graça e sinceridade naquelas palavras, perguntou: “O que faz uma menina tão linda e tão pequenina aqui sozinha? Como você se chama e onde estão seus pais?
- Meu nome é Rebeca, e esta é Dana, meus pais saíram do acampamento com todos os outros a procura de não sei o que e eu saí atrás e me perdi de todos. Eu ouvi um bebê chorando e cheguei aqui.
Maria se encanta com Rebeca e pede que se aproxime.
Passo a passo Rebeca se aproxima e Maria percebe sua deficiência, e sem querer demonstrar, faz sinal a São José que a tome pela mão.
O jovem casal se encanta com Rebeca, e Maria tomando sua mãozinha tão gelada pelo frio, traz até o menino que acabava de mamar. “Ah! está aqui o chorãozinho. Parece bem gordinho”. E assim ia tocando por todo o corpo do menino; chegou à cabeça, massageou seus cabelos, chegou aos olhos e levemente acarinhou olhos, ouvidos, boca. “Ele é tão lindo que parece um anjo, disse Rebeca. “Realmente ele muito lindo assim como você é linda Rebeca!”, disse José com voz embargada.
O menino faz alguns movimentos, como querendo retribuir tanto carinho. Nossa Senhora, percebendo que as mãozinhas do menino desejavam alcançar o rosto de Rebeca, levou-as de encontra a ele. “Como seus dedinhos são quentes, parecem ferro em brasa!
- Você já tocou em ferro quente?, perguntou São José.
- É, só foi uma vez, pois meu pai me repreendeu.
- E com razão, disse ele, é muito perigoso.
De repente, as mãozinhas do menino tocaram os olhos de Rebeca e por alguns segundos ali permaneceram até que a menina exclama, “Parece que meus olhos estão queimando”, diz ela, esfregando suas mãos contra eles.
- José, traga aquele pano, disse Maria.
Enquanto o menino permanecia brincando, Maria massageia os olhos de Rebeca. “Passou!”, diz ela.
Rebeca percebe uma luminosidade intensa e tudo vai tomando forma ao seu redor até que seus olhos se encontram com os do menino e ela exclama, “Como você é lindo”. O menino retribui com um gracioso sorriso! José e Maria parecem não acreditar no que estão vendo, será que Rebeca está enxergando; o que realmente aconteceu, se tudo parece estar parado no tempo.
Rebeca, olhando para Maria, diz, “A senhora é muito linda!” e a José, “E o senhor também”, e de seus lindos olhos brilhantes correram lágrimas de uma emoção sem explicação, emoção que é dos três.
Ouvem-se murmúrios, são os pastores chegando. Silenciosamente vão entrando e reverenciando o Salvador anunciado. Por fim, entram Jacó e Mirian e ficam duplamente emocionados, afinal, Rebeca chegara ali, e que brilho era aquele que havia em seus olhos?
Mirian aproximou-se de Rebeca e chegando bem perto da menina, que estava encantada diante da beleza de Jesus, disse, “Filha, como você chegou aqui?
- Mamãe, como você é linda, muito mais linda! E olhe o menino, seu nome é Jesus, ele tem os dedos e as mãos tão quentinhas que abriram meus olhos.
A emoção foi geral, porém o primeiro olhar daquela menina foi para o Eterno, o Verbo de Deus que se fez carne e habitou entre nós.
Rebeca, a primeira visitante do menino Jesus, um olhar que jamais se apagará de sua lembrança até o final de seus longos e felizes dias.
Comentários
Que Deus lhe abençoe!
Até mais!
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