A Virgem de Guadalupe


A VIRGEM DE GUADALUPE
A PADROEIRA DAS AMÉRICAS


12 DE DEZEMBRO


“Guadalupe e Juan Diego possuem um profundo sentido eclesial e missionário, e constituem um paradigma de evangelização perfeitamente inculturada”. (João Paulo II)

Podemos dizer, sem medo de errar que as aparições e a própria impressão da imagem da Virgem Maria na Tilma ou Manto, do índio Juan Diego, são uma carta de amor a humanidade.
As circunstâncias e os fatos das referidas aparições, nos dão a clara certeza de que “foi ao humilde pedido de Maria, que Jesus em Caná, mudou água em vinho: ele começou e continuou seus milagres por Maria, e por Maria os continuará até ao fim dos séculos” (São Luis M. G. Monfort).

“GUADALUPE”

O nome “Guadalupe” é espanhol e um pouco misterioso, visto na época não existir nenhuma localidade com esse nome junto de Cuauhtitlan, a aldeia de Juan. A palavra deriva de uma palavra Nahuatl, Coatlaxo Peuh, que soa parecido a Guadalupe que em espanhol significa “aquela que esmaga a serpente” (a serpente pode ser identificada com satanás ou com o deus-serpente Asteca Quetzalcoatl).

“O VIDENTE DA VIRGEM”

Juan Diego nasceu em 1474 em Cuauhtitlan, no México. Como indígena recebeu o nome de Cuauhtlatoatzin, após o seu batismo no ano de 1524, aos 50 anos de idade, recebe o nome de Juan Diego. Era chamado pelos dois nomes.
Ao se tornar cristão, cumpria fervorosamente suas obrigações inerentes a religião, sua fé na Eucaristia e seu amor a Santa Missa o faziam percorrer 20 Km até a localidade de Tlatelolco.
Numa dessas idas, na madrugada de 9 de dezembro de 1531, Juan Diego ao passar pelo monte Tepeyac, ouve, como que um coro de vozes celestiais, e, em seguida uma voz melodiosa e terna o chama: “Juanito, Juan Dieguito!”
Olhando, assustado, ao redor viu uma linda senhora, que o convida a se aproximar. Juan Diego, como que maravilhado com tanta beleza, ouve da senhora a seguinte pergunta: “Juan Diego, o menor dos meus filhos, aonde vais?”
Surpreso, respondeu-lhe: “Senhora, devo ir à vossa casa na cidade, para participar da Santa Missa, e da doutrina.
“Quero que tu, o menor dos meus filhos, saibas que eu sou a Virgem Marie. Desejo que aqui seja construído um templo... Através deste templo mostrarei todo o meu amor, porque eu sou Vossa Piedosa Mãe e de todos os habitantes da terra”.
A Ssma. Virgem recomendou que ele transmitisse ao bispo o seu desejo de que ali fosse construído o referido templo. A bela senhora prometeu recompensá-lo grandemente e fazê-lo feliz. É sempre bom lembrar que Nossa Senhora sempre se comunicou com Juan Diego, em sua língua nativa.
O piedoso índio inclinou-se respeitosamente e exclamou: “Minha Senhora, irei imediatamente cumprir Vossa ordem”.
Dom Juan de Zumárraga ouve o relato de Juan Diego com certa incredulidade, o que deixa o índio com a sensação de fracasso.
Retornando muito triste e desanimado relatou a Senhora o acontecido, e solicitou que a Virgem Maria escolhesse outro mensageiro com mais preparo. Ela o encoraja e pediu que em seu nome, retomasse a visita ao bispo e reafirmasse o seu pedido.
Era uma manhã ensolarada de domingo, dia 10 de dezembro, Juan Diego chegara muito cedo para a missa, e ao final da mesma, insiste em falar com o bispo e de tanto insistir, conseguiu!
Juan Diego, banhado em lágrimas de comoção, ajoelha-se diante do bispo, e repete a solicitação da bela senhora. O senhor bispo pede que a Senhora lhe dê um sinal confirmando o seu desejo. Juan Diego retorna mais animado e confiante revela a Senhora o desejo do bispo.
Ouvindo atentamente, Nossa Senhora pede ao índio que retorne no outro dia, que seria 11 de dezembro. No dia 11, bem cedo, Juan Diego vê-se em apuros, por causa da saúde de seu tio e por todo o dia anda em busca de um médico, e também de um sacerdote para os últimos sacramentos.
Na quarta aparição, que já era no dia 12 de dezembro, o nosso índio com vergonha da Senhora por não ter ido ao encontro no dia anterior, segue por outro caminho, um atalho. Juan Diego ouve a voz que lhe pergunta: “Que houve meu pequeno? Para onde está indo?”
Cheio de desculpas, e falando do tio doente, garante que mais tarde atenderia ao seu pedido. A Ssma Virgem o conforta quanto a doença do tio, pois ela mesma cuidaria dele, garantindo a sua recuperação.
Nossa Senhora ordenou-lhe que subisse a colina e lá colhesse todas as rosas que encontrasse e as trouxesse para ela em seu poncho (Tilma). E assim o fez, e ficou impressionado com a beleza e as cores das rosas.
Ao chegar com seu poncho carregado das mais belas rosas, entrega a Ssma. Virgem que, com todo o cuidado arruma as flores, dobra o ponche e ordena que Juan Diego entregue nas mães do Senhor bispo, e somente para ele.
Nosso índio, feliz da vida em poder servir a bela senhora, e portando o sinal solicitado pelo bispo, chega ao palácio episcopal.
Agora diante de Dom Zumárraga reverente se inclina e apresenta o sinal, e ao desdobrar o ponho de rosas caem no chão, para espanto de todos. Os olhares admirados, porém, se voltam para o poncho e a bela imagem que estava impressa, era a Virgem Maria.
As rosas frescas, colhidas em pleno inverno, já por si só, já seria um grande sinal. Dom Zumárraga cai de joelhos e com lágrimas de emoção, beija a borda do poncho e a milagrosa imagem.
O poncho tecido em fibra vegetal foi levado para a capela do bispo, que solicitou que Juan Diego no dia seguinte lhes mostrasse o local das aparições.
Quando Juan Diego chegou em casa, encontrou se tio curado e afirmando ter sido cuidado por uma bela senhora que se chamava: "A sempre Virgem Maria de Guadalupe".
As notícias dos milagres espalharam-se com muita rapidez tanto que logo se iniciou a construção do templo. As conversões eram em massa, todos ficavam encantados com a imagem impressa no poncho.
Hoje o santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, na Cidade do México, é o mais visitado no mundo, e, o que lá acontece é realmente extraordinário.
O quadro da Virgem de Guadalupe é um dos poucos, no mundo, que não foram feitos por mãos humanas.
Os cientistas de todo o mundo se sentem desafiados pelos mistérios inexplicáveis que envolvem o quadro. O prêmio Nobel de química, Richard Kuhn escreveu, depois de muitos exames, que os corantes da pintura: "não são deste mundo".
OREMOS

"Santíssima Mãe de Guadalupe, concedei aos nosso lares a graça de amarem e respeitarem a vida nascente, com o mesmo amor com que vós em vosso sei concebestes a vida do Filho de Deus. Virgem Santa Maria, Mãe do amor formoso, protege as nossa famílias....., e abençoai a educação dos nosso filhos".

Amém!

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