Nossa Senhora da Caridade do Cobre


NOSSA SENHORA DA CARIDADE DO COBRE
“PADROEIRA DE CUBA”
08 DE SETEMBRO

Hoje é dia de festa na terra em que pisaste e viveste, hoje é dia de festa no céu em que reinas em teu trono entre os anjos.”

No último dia 08 de agosto P.P, os bispos de Cuba transmitiram aos católicos cubanos, o feliz comunicado do Santo Padre o Papa Bento XVI, em que ele concederá indulgência plenária aos que participarem da peregrinação e “Missão Nacional”. A referida peregrinação será com a imagem de Nossa Senhora da Caridade do Cobre e percorrera todo o território cubano, em preparação das comemorações dos 400 anos da aparição da imagem, que acontecerá em 2012.

História

A Sagrada imagem da Virgem da Caridade do Cobre, sempre ocupou o coração do povo cubano, a ponto de ser proclamada padroeira ilha no ano de 1916.
Até os dias de hoje persiste o debate sobre a origem da imagem. O que se sabe é que naquela época em que foi encontrada a imagem, não havia, no Caribe, alguém que tivesse a capacidade de esculpir com tanta categoria e beleza.
Nas magníficas histórias da colonização da ilhas do Caribe e de Cuba, encontramos uma do ano de 1509, que nos diz que um certo soldado espanhol, estando muito doente foi levado para a região da macaca para ser tratado pelos curandeiros da tribo indígena. Durante sua longa recuperação, o soldado aprendeu a língua dos nativos e em troca lhes ensinou o evangelho.
Os nativos se sentiram estimulados pelo testemunho do soldado, e ergueram uma pequena capela, e lá colocaram o crucifixo e a pequena imagem da Virgem Maria, que o soldado lhes dera. Ao redor da capela nasceu a vila, hoje El Cobre.
A Vila do Cobre encontra-se a 18 Km de Santiago de Cuba, e ao sul dessa região encontra-se o Santuário Basílica de Nossa Senhora da Caridade do Cobre.
Conta-nos, também a tradição que em uma manhã do ano de 1612, os dois irmãos índios, Juan Rodrigo e Juan Diego Hoyos e o negro Juan Moreno, depois de terem passado 3 dias e 3 noites em alto mar enfrentando terrível tempestade, e depois também, de terem clamado o auxílio do alto, vêem despertar um novo dia, com um sol esplendoroso e um mar sereno.
Decidem partir, e lá se vão os três em busca do sal que se encontra bem distante do golfo. Já com certa distância avistaram um feixe de ramos secos flutuando; Ó grata surpresa! Um dos irmãos exclama que se trata de uma estátua da Virgem Maria com o menino Jesus nos Braços.
Cheios de emoção e alegria aproximam-se do achado e ao apanhá-la percebem que, apesar de estar flutuando, o seu manto, que era de tecido não estava molhado, e no pedestal da imagem estava escrito: “EU SOU A VIRGEM DA CARIDADE”.
A emoção foi tão grande, que recolheram tão somente um terço do sal que precisavam e partiram para Barajagua.
A pequena imagem, de 15 polegadas de altura (mais ou menos 40 cm), tem o rosto redondo e sustenta em seu braço esquerdo o menino Jesus, que trás em suas mãos o globo.
Em poucos dias foi construída em pequena ermida, e também em muito pouco tempo centenas de pessoas, diariamente visitavam a Virgem da Caridade do Cobre.
O atual santuário foi construído em 1703, no exato lugar indicado pela virgem, por revelação. Na sala do milagres encontra-se a tábua em que a imagem foi achada flutuando, a medalha do prêmio Nobel de 1954, Emingway e também há um ex-voto da Sra. Lina Ruz, mãe de Fidel Castro.
No ano de 1899 o santuário foi profanado, além de saquearem todos os objetos de valor, cortaram a cabeça da Virgem para retirar um diamante.
A Virgem da Caridade do Cobre foi declarada oficialmente Padroeira de Cuba no ano de 1916, pelo papa Bento XV e sua festa, datada em 08 de setembro.
No ano de 1960, o regime comunista proibiu as procissões e manifetações públicas de fé, o que fez aumentar sempre mais a fé e devoção do povo cubano. Contrariando Fidel Castro, o papa Paulo VI elevou o Santuário a categoria de Basílica.
Foi graças a intervenção do papa João Paulo II, durante sua visita apostólica à Cuba, foi revogada a antiga proibição dos cultos públicos e procissões, em todo o país.
A imagem peregrina passará por todos os campos, povoados, cidades e vilas da ilha de Cuba, convocando o seu povo à unidade e ao amor. Este mesmo trajeto foi feito entre os anos de 1951-1952 para celebrar os 50 anos da independência de Cuba.
Peçamos a Virgem da Caridade que proteja seus filhos cubanos e que a Liberdade possa acontecer em sua plenitude; cívica, moral, intelectual, de expressão e religiosa. “Pois um país que perde a devoção a sua padroeira entra em agonia”.

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