Tempo da Quaresma


Como viver bem o tempo da Quaresma.


“Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus” (Mateus 4-4)”.

Jesus, ao dizer estas palavras ao demônio, na deserto, fez referência ao que o Senhor Deus falou a Moisés no livro do Deuteronômio 8-3, e significa que o homem não é somente matéria, é também espírito; e o espírito do homem tem fome de ideal religioso e ensinamento divino.

Conforme nos exorta o nosso Papa Bento XVI, “A Quaresma recorda-nos de que a existência cristã é um combate incessante, no qual devem ser utilizadas as armas da oração, do jejum e da penitência”.

A Quaresma é, por excelência, o tempo litúrgico da conversão, um tempo em que somos convidados a meditar a palavra de Deus, através de três linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade, como conseqüência da penitência.

O cristão deve buscar o Reino de Deus, ou seja, lutar para que exista justiça, paz e amor, e lembrar que: A paz é fruto da justiça” (Is. 32, 17).

A duração da Quaresma (40 dias), além de lembrar os 40 dias que Jesus passou no deserto da Judéia, lebramos os 40 dias do dilúvio, dos 40 anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto e dos 40 dias de Elias e Moisés na montanha; na Bíblia, o simbolismo do número 40 significa: “provação”.

Devemos fazer de nossa Quaresma um retiro espiritual, fazer a experiência do deserto em meio ao corre-corre diário. Silenciar interiormente, quando o mundo nos impõe todo o tipo de poluição sonora, jejuar de nossos apetites desordenados e fazer penitência de nosso comodismo, destruir todo o egoísmo para ser “dom” para todos.

O tempo da Quaresma compreende a Quarta-Feira de Cinzas até a Quinta-Feira Santa como a Missa dos Santos Óleos; o Senhor nos concede um tempo, um tempo único e precioso e como nos escreveu São Josémaria Escrivá: “Não podemos considerar esta Quaresma como uma época a mais, repetição cíclica do tempo litúrgico; este momento é único; é uma ajuda divina que é necessário aproveitar. Jesus passa ao nosso lado e espera de nós, hoje, agora, uma grande mudança”.

A Igreja inicia a Quaresma com a imposição das cinzas, este sacramental lembra-nos de que estamos de passagem por aqui; e que um dia a vida termina neste mundo. Deus disse a Adão: “És pó, e ao pó voltarás” (Gênesis, 2-19).

Ao terminar a Quaresma celebraremos o tríduo pascal, a alegria da Ressurreição de Cristo e a nossa também!

Paz e Bem!

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