A Visitação da Santíssima Virgem Maria


A Visitação da Santíssima Virgem Maria

31 de maio

“Com um grande grito, exclamou: ‘Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre’”.

Canta as maravilhas do Senhor Deus, ó Maria!

O Caminho!

O
sol primaveril se põe, sopra uma brisa fria e no céu vai se desenrolando um imenso manto azulado cheio de estrelas. Ouve-se no meio do silêncio noturno o pisar cuidadoso do burrico que, orgulhoso, carrega a jovem Maria, a Arca da Nova Aliança.
O caminho que leva ao Hebron, onde moram os parentes Isabel e Zacarias, é pedregoso e perigoso. Maria cheia do Espírito Santo, entoa cânticos de louvor ao Deus do amor!
Poder-se-ia dizer que no caminho do Hebron, aconteceu a primeira procissão de Corpus Christi; Maria o primeiro e o mais perfeito sacrário da terra, leva Jesus, o Verbo de Deus, encarnado em suas entranhas, até a casa de Izabel.
À distância entre Nazaré e Ain Karin (Hebron) é de aproximadamente 150 km.
Conforme nos relata as escrituras, Maria vai às pressas à casa de Izabel e isso já nos basta pois o Espírito Santo é quem nos inspira a missão, e a primeira da Virgem Maria foi levar a Boa Nova aos parentes e servi-los em suas necessidades.
Durante a viagem, Maria meditava todas as coisas em seu coração; tudo o que Gabriel lhe anunciara era grande demais para a compreensão de tão humilde serva. Mesmo assim, Maria confia e espera no Senhor!
O sereno da noite deixa uma textura de umidade em suas humildes vestimentas. O incansável burrinho segue seu caminho, e com um zelo incomparável. Maria descansa no interior de uma pequena gruta, ao seu fiel condutor, oferece-lhe feno e água fresca, e adormecem aquecidos pelas chamas da fogueira.
Quando os primeiros raios de sol despontam no horizonte é o sinal de retomar a viagem. Recuperando as suas forças o burrico aguarda as ordens da Rainha para seguir o caminho. A jovem Maria prepara-se e segue em missão.
Ao chegar a casa dos parentes Izabel e Zacarias, Maria sente um contentamento unido a um transbordamento da santa alegria do espírito. Izabel, da mesma forma, ao avistar Maria, sente uma mistura de surpresa e um ardente queimar em seu coração!
Ao ouvir a saudação da virgem Maria, o ventre de Izabel estremece, é o primeiro encontro do precursor com o Messias, o encontro que foi um Pentecostes para João, que é batizado no ventre de sua mãe, Izabel exulta de alegria e exclama:
- Bendita és tu entra as mulheres e bendita é o fruto do vosso ventre! Donde me vem à graça de receber a mãe do meu Senhor!
Maria, cheia do espírito, reconhece sua pequenez e enaltece a grandeza de Deus: “Minha alma glorifica o Senhor!”... O canto de Maria ou magnificat é o canto do anúncio da passagem do Antigo para o Novo Testamento.
“O Senhor olhou para a pequenez de Sua pobre serva!... Todas as gerações me proclamarão bendita!”.
Maria é bendita porque ouviu a mensagem, pensou, questionou e refletiu e deu um “sim” sem reservas; um sim que a colocou num primeiro momento a serviço: servir àquela parenta que estava em dificuldades no final da gravidez.
Maria, a primeira discípula e missionária, pois, ouve o anuncio da palavra de Deus, a Boa Nova e a leva as montanhas do Hebron e de lá para o mundo inteiro.
A jovem Maria, em casa de Izabel, permaneceu cerca de 3 meses, e com carinho e atenção realizou os trabalhos mais difíceis e humildes.
Que seu exemplo de disponibilidade e serviço nos inspire a realizar, em tudo, a vontade de Deus e glorificá-Lo no serviço aos irmãos.
Graças ao teu “sim”, Maria, as misericórdias do Senhor se estendem de geração a geração.

Salve Maria!
Paz e Bem

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