“BEATA ALBERTINA BERKENBROCK”
“15
DE JUNHO”
“MARTIR
DA CASTIDADE”
“Uma coisa peço a Javé, e só esta procuro: é
habitar na casa de Javé, todos os dias de minha vida, para gozar a doçura de
Javé e contemplar o seu templo”. (Salmo 27)
No
dia 11 de abril de 1919, no belo município de Imaruí, em São Luis - Santa
Catarina, nasceu Albertina, filha dos agricultores Henrique e Josefina
Berkenbrock. Foi levada a pia batismal no dia 25 de maio de 1919.
Sua família, virtuosa e temente a Deus, logo
lhe transmitiu o valor de uma vida de oração ensinando-lhe as principais
orações do cristão, que por ela eram recitadas várias vezes ao dia. A
participação da Santa Missa, era para a pequena Albertina um encantamento
principalmente depois que recebeu a primeira comunhão em 16 de agosto de 1928.
Albertina dizia que o dia mais feliz de sua
vida, foi realmente o dia de sua 1º comunhão; Jesus Eucarístico era o seu tudo.
Pela virgem Maria nutria um carinho e uma devoção especial. O Santo Terço era
rezado em família todas as noites, e Albertina sempre se recomendava a virgem
Maria pela salvação de todos e pela sua própria.
Jovem de aspecto saudável e forte, sempre
ajudou seus pais nos serviços mais pesados da roça e nos afazeres domésticos.
Gostava de cuidar dos irmãos menores, era
sempre muito alegre e generosa para com todos. Não poupava esforços em praticar
a caridade e a generosidade na comunidade. Todos nutriam pela pequena
Albertina, um carinho especial.
Seus olhos reluziam uma beleza celestial, seu
olhar era encantador e expressava a pureza que residia em seu coração que não
conseguia ver maldade humana.
Sempre zelosa em seus afazeres, ao perceber
que um boi de seu pai estava desaparecido, e o dia já ia avançando, saiu a
procura pelas matas próximas de sua casa.
Ao longe avistou Maneco, um empresário de seu
pai que transportava feijão em sua carroça. Albertina perguntou ao Maneco se
por acaso não viu o boi, que estava desaparecido.
Manoco, ente um desejo incontrolável, de
realizar suas fantasias com pequena Albertina e indica-lhe um caminho
contrário, distante e perigoso. Pensou em seu ardiloso coração: “se Albertina
não aceitar, vou usar o canivete”.
Albertina sem desconfiar de nada segue a
indicação de Maneco entrar por entre a mata e de repente, por entra a folhagem
percebe a presença de Maneco, e este sem disfarçar propõe suas intenções a
pequena Albertina ela, no mesmo instante, recusa com determinação a proposta de
Maneco.
Vendo-se em perigo, Albertina tenta fugir,
Maneco, num acesso de raiva e fúria derruba Albertina e com violência luta com
todas as forças contra a menina, e esta com todas as suas forças defende sua
honra.
Maneco ao perceber que nada conseguirá,
agarra Albertina pelos cabelos e enterra o canivete em seu pescoço. Albertina
esta morta, seu corpo lavado de sangue, porém sua honra e virgindade intactas
por amor a Deus.
O assassino vai a casa da família Berkenbrock
e diz ter encontrado o corpo de Albertina e que sabia quem tinha cometido o
crime; acusou João Candinho, que mesmo afirmando ser inocente, foi preso.
Durante o velório, um grande número de
vizinhos, parentes e amigos lotaram a casa dos Berkenbrock. Maneco estava lá e
cada vez que chegava perto do caixão de Albertina, o sangue escorria do corte
do pescoço.
Todos começaram a desconfiar, e Maneco fugiu,
foi preso em Aratingaúba e confessou além do assassinato de Albertina, os seus
outros crimes. Maneco foi condenado e morreu depois de alguns anos na prisão.
Albertina passou a ser considerada Santa por
todo o povo, e de muitos lugares chegavam caravanas para visitar o túmulo da
virgem mártir. Muitas graças foram alcançadas.
Em 2000 Dom Hilário Moser, retomou a causa de
beatificação, sendo assinado o decreto em 16 de dezembro de 2006, pelo papa
Bento XVI; e por se tratar de martírio não é necessário a comprovação de
milagre.
Albertina foi beatificada em 20 de outubro de
2007 em frente a Catedral de Tubarão (SC).
Que seu exemplo nos encoraje, beata Albertina
Berkenbrock.
Comentários
De Portugal, bem haja Sr. Padre. Continue a inspirar.