Beato João Duns Scoto O.F.M
Beato João Duns Scoto
O.F.M
"O cantor do verbo
encarnado e fiel defensor Da Imaculada Conceição De Maria" (João Paulo II)
"08 De
Novembro"
A
história sempre nos mostra e também nos dá sinais claros de que de tempos em
tempos, o Senhor nos presenteia com verdadeiros luzeiros, que trazem, não só
para a Igreja, como para toda a humanidade, um conjunto de ideias e definições
que mudam, definitivamente suas vidas e suas convicções.
Hoje apresentamos o
franciscano, beato João Duns Scoto, dotado de uma inteligência brilhante
inclinada a especulação, que lhe valeu o título de "doutor sutil".
No ano de 1265, mais
precisamente no final do ano, nasceu João Scoto no pequeno povoado chamado
Duns, próximo de Edimburgo na Escócia. O inverno era bastante rigoroso e eram
necessários muitos agasalhos de lã e muita lenha para aquecer os cômodos da
casa simples dos Scotos.
Seus pais eram
católicos fervorosos e devotíssimos da Ssma. Virgem Maria, por certo foi de
seus pais, que o pequeno João levou para o resto de sua vida, o amor
incondicional pela Mãe do Senhor.
João, a exemplo do
mestre, crescia em sabedoria e a todos encantava com suas colocações
brilhantes, para um menino de tão pouca idade.
Em pouco tempo, e
atraído pelo ideal franciscano, João deixa a casa de seus pais e decide seguir
os passos de São Francisco, no viver o evangelho. No ano 1291, João é ordenado
sacerdote, era o dia 17 de março.
Reconhecido por sua
inteligência privilegiada, vai a Paris e lá, na universidade de Sorbone conclui
seus estudos com tanto brilhantismo que foi convidado a lecionar nas
universidades de Cambridge, Oxford, Paris e finalmente em Colônia.
Era um apaixonado pelo
mistério da divina revelação, a encarnação do verbo, foi, para Frei João Duns
Scoto, objeto de grandes obras filosóficas e teológicas. Outra paixão que movia
o jovem mestre franciscano, foi a incansável defesa da Imaculada conceição da
Virgem Maria.
Frei João estava
lecionando em Paris quando o rei da França, Felipe IV, o belo, liderou um
manifesto contra o papa Bonifácio VIII. Todos os religiosos que estivessem na
França, deveriam assinar aquele documento cheio de hostilidades ao sumo
pontífice, caso contrário deveriam deixar o país.
Por amor e fidelidade a
igreja e ao sumo pontífice, todos deixaram a França.
Por esse tempo frei
João parte para Colônia para lecionar teologia e filosofia.
Com a morte de
Bonifácio VIII, as relações entre a Santa Sé e a corte francesa foram reatadas,
e, em 1305 frei João retorna a Paris para lecionar teologia com o título de magister regens, e lá permaneceu por
mais 3 anos.
Apesar do
reconhecimento de sua brilhantes sabedoria e também dos seus valorosos
escritos, reconhecidos e apreciados pela Santa Sé e por todos os maiores
teólogos da Europa, frei João era extremamente simples, humilde e obediente.
Sua aparência física em nada chamava atenção.
Foi por obediência aos
superiores que partiu para Colônia como professor do Studium Teológico
Franciscano. Frei João Scoto, homem de oração e penitência, esgotado em suas
forças físicas é acometido de um mal súbito e no dia 08 de novembro de 1308,
estando com apenas 43 anos, morre deixando um número relevante de obras e
escritos.
A notícia de sua morte
causou pesar não só nos ambientes eclesiais mas em todos os meios acadêmicos de
toda Europa.
O fiel discípulo do
pobrezinho de Assis, Duns Scoto amava contemplar e pregar sobre o mistério da
paixão e da cruz de Cristo.
A paixão pela
eucaristia movia frei João e o amor a Imaculada Conceição marcou sua vida e
seus escritos em sua defesa resultaram na proclamação do dogma da Imaculada
Conceição de Maria, em 08 de dezembro de 1854,
Frei João ao se referir
a Imaculada Conceição, usou o argumento da "redenção preventiva".
Segundo ele: "A
Imaculada Conceição representa a obra de arte da redenção realizada em Cristo,
por que precisamente o poder do seu amor e da sua meditação obteve que a Mãe
fosse preservada do pecado original. Portanto Maria está totalmente redimida
por Cristo, mas já antes da sua concepção."
Em 20 de março de 1993,
o então papa João Paulo II, declarou como bem aventurado o franciscano João
Duns Scoto O.F.M.
Na lápide de seu túmulo
está escrito: "A Inglaterra o acolheu, a França o instruiu; Colônia
(Alemanha), conserva seus restos mortais; e na Escócia ele Nasceu."
Amém!
Paz
e Bem!
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