Santa Isabel da Hungria


Santa Isabel da Hungria
Padroeira da Ordem Franciscana Secular

17 de novembro

“Evitai as vossas boas obras diante dos outros para serdes vistos por eles. Do contrário, não tereis nenhuma recompensa do Pai que está nos céus.”
“Quando, pois, deres esmola, não vás tocando trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos outros” (Mt. 6, 1 – 2).


A Vida


Isabel nasceu na Hungria em 1207, filha do Rei André II. Conforme o costume daquele tempo, quando acordos políticos entre as nações se consolidavam através de casamentos, Isabel fora prometida em casamento para o filho do Duque da Turíngia, Ludovico.
Aos 14 anos, a pequena Isabel, casa-se com Ludovico, que tinha 20 anos, tornando-se a Duquesa da Turíngia. Embora tivesse sido um casamento decidido pelos pais, foi um matrimônio de intenso amor e feliz união. O jovem casal soube entrosar, na vivência conjugal do dia a dia, a ascese cristã e a felicidade humana, o diadema real e a auréola da santidade. A simplicidade e o despojamento da jovem duquesa despertou a antipatia e o desprezo da sogra e da cunhada.
Ludovico, um marido muito apaixonado e influenciado pela esposa, decidiu colocar no Brasão e no Estandarte Real todo o programa de vida do casal: “Piedade, Pureza, Justiça”. Cresceram juntos no caminho da perfeição cristã. A jovem Duquesa costumava dizer: “Se eu amo de tal modo uma criatura mortal, como deveria amar ao meu Senhor Imortal, dono da minha alma?”.
Aos 15 anos teve seu primeiro filho e em seguida vieram mais duas filhas. Isabel passou à história como sendo nobre e, ao mesmo tempo, como alguém que viveu um completo desapego das coisas e de si mesma. A todos acolhia sem distinção, pobres, mendigos, leprosos, coxos, etc., encontravam na jovem duquesa o amparo e o consolo.
Na Semana Santa, exatamente na Quinta-Feira Santa, costumava reunir os leprosos e, como São Francisco, beijava-lhes os pés em sinal de humildade e carinho; dedicava-se com piedade, em atender aos pobres moribundos, largados nas ruas e vielas da miséria.
O episódio mais conhecido é, sem dúvida, o das rosas.
Acusada de esbanjamento dos bens da família com os pobres, num determinado dia, à saída do palácio, levava alimentos para os pobres, quando foi abordada pelo marido e pela sogra com a seguinte interrogação: “O que você está levando?”, perguntou-lhe o esposo. Isabel, sem hesitação, respondeu: “Rosas!”, sem lembrar-se de que era pleno inverno e, ao abrir a sacola... eis que apareceram efetivamente rosas coloridas e perfumadas!
Certamente, este episódio que se refere à vida de Santa Isabel da Hungria, que atravessou os séculos, nos faz entrever que qualquer gesto de atenção ao próximo, como aconteceu na vida da santa, é transformado em algo significativo e bonito aos olhos de Deus!
O Duque Ludovico, ao incorporar-se à Quinta Cruzada, promovida pelo Papa, acabou falecendo.
Isabel tinha 20 anos quando ficou viúva. Com a morte do marido, começou para Isabel um calvário de sofrimentos e, ao mesmo tempo, de heroísmo. Os parentes do marido, achando que ela estava esbanjando os bens da família com a ajuda que prestava aos necessitados, a expulsaram da corte. Com seus três filhinhos, e mais as ajudantes, ela se refugiou num convento de Marburgo: lá, tomou o hábito da Ordem Terceira de São Francisco.
Dedicava-se a uma intensa vida de oração e, ao mesmo tempo, com a indenização recebida pelos bens que lhe haviam injustamente retirado, servia, ela mesma, aos pobres e aos doentes.
Conseguiu construir até um hospital para os abandonados. Isabel, o Anjo Nobre da Caridade, veio a falecer com apenas 24 anos, no ano de 1231.
Santa Isabel certa vez falou: “Sempre temos os dois olhos para olhar os pobres com compaixão, dois ouvidos para escutá-los, uma língua para confortá-los, duas mãos para ajudá-los e um coração para amá-los”.
Santa Isabel da Hungria é Padroeira da Ordem Franciscana Secular.
Que nossa alma nos inspire sempre a praticar atos de caridade, e que sejamos sempre multiplicadores de rosas no caminho de nossos irmãos.

Oremos

Nós vos pedimos, Santa Isabel da Hungria, fiel seguidora do Ideal de São Francisco, que nos ensineis a ver o Rosto de Cristo em todos os nossos irmãos sofredores.
Desprezaste os bens deste mundo e buscaste os bens do alto, intercedei por nós junto a Jesus para que possamos contar com a graça divina em todos os momentos, e sejamos socorridos em nossas aflições.
Que possamos hoje e sempre escolher o caminho que nos leva aos céus. Amém.
Paz e Bem!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

São Tarcísio

Nossa Senhora da Consolação(da Correia ou da Cinta)

São Miguel Arcanjo