Todos Os Santos


Todos os Santos

1º de novembro

“Alegrai-vos e exultai, porque grande será a vossa recompensa nos céus”

(Mt. 5, 12).

Com grande júbilo, a Igreja engloba, numa só festividade, todos os santos e nos faz meditar sobre a busca incessante de nossa santidade.
A Festa de Todos os Santos faz menção aos santos já venerados durante o ano litúrgico, incluindo também uma multidão de almas que já nos precederam na Casa do Pai.
O Apocalipse de São João nos apresenta a visão daqueles que estavam vestidos com roupas brancas, que vieram da grande tribulação e lavaram e alvejaram as suas roupas no Sangue do Cordeiro, e com palmas nas mãos clamavam: “Louvor, Glória, Sabedoria, Ação de Graças, Honra, Poder e Força pertencem ao nosso Deus pelos séculos dos séculos. Amém.”
O Céu deve ser sempre a nossa meta, ansiar, desejar e sonhar em contemplar a Glória de Deus. Nosso Pai do Céu nos preparou muitas moradas, belas moradas, e como desgostar o nosso Deus menosprezando tamanho gesto de amor?
Todos aqueles que nos precederam nesta vida com certeza tiveram derrotas e vitórias, sonhos e decepções, medos e frustrações, angustias e júbilo; porém só alcançaram a bem-aventurança, aqueles que em tudo colocaram o amor e por amor tudo suportaram até o último suspiro.
A pátria orgulha-se de seus heróis, dos grandes políticos, dos imortais, cientistas, poetas, artistas, etc.; com justo orgulho ergue-lhes monumentos, dedica-lhes praças, ruas, guarda-lhes ciosamente os nomes nos anais da história.
Com muito mais razão, a Igreja se alegra com seus filhos que, passando por este mundo conservaram a integridade da fé, labutaram varonilmente pela implantação do Reino de Deus entre os homens, dominaram as paixões, preservando-se puros da corrupção deste mundo, cultivaram com afinco as virtudes cristãs e gozam atualmente o prêmio da vida eterna.
A riqueza dos heróis da fé é tão extensa que abrange homens, mulheres, crianças, adolescentes, jovens de todas as épocas e nações; de todas as categorias de classes sociais, dos mais humildes até as classes mais elevadas, de todas as profissões, raças, Santos que vão desde Abraão, nosso pai da fé, até os nossas dias.
O grande Santo Agostinho, depois de muito buscar o sentido da vida, em sua crise de conversão, ao ler a vida dos Santos, comentava: “Se estes e estas venceram o mal, viveram santamente, por que não o posso também eu?”. Todos nós devemos através da Graça Divina, buscara o fortalecimento para alcançar a santidade, pois ela é para todos, sem exceção. Pelo Batismo, todos fomos marcados com vocação à santidade.
São Paulo disse: “Esta é a vontade do Pai: a vossa santificação.” Deus nos quer Santos, os Santos devem servir de inspiração, eles são com setas que nos mostram o Caminho, a Verdade e a Vida que é Jesus.
Jesus falou: “Sede perfeitos como vosso Pai do Céu é Perfeito!” Quando Deus criou o homem Ele disse: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança”. Naquele momento, Nosso Pai desejou imensamente a nossa perfeição, a nossa santificação. Porém, o homem pela primeira vez, rejeitou o amor com a desobediência.
Deus nunca desistiu! E para nos dar o Céu, permitiu que seu Filho Jesus viesse à terra para nos mostrar o caminho de volta e para Ele mesmo ser o Caminho.
A santidade está ao alcance de todos, nunca devemos desanimar, pois o desânimo é a arma que o Demônio usa para nos derrotar e desistir de lutar.
No caminho diário devemos carregar nossa cruz e, se ela nos parecer pesada demais, peçamos ao Senhor que nos ajude a carregá-la, pois Ele mesmo disse: “Quem quiser me seguir, tome a sua cruz e me siga”.
Não importa as quedas, o que importa é chegar. Levar a cruz com amor e não com rancor, eis o segredo da santidade.
Ao caminhar encontramos pedras. Pedras grandes e pequenas, ásperas e preciosas, algumas machucam, outras encantam, outras ainda nos fazem tropeçar, cair e machucar.
Não importa se chutarmos as pedras do caminho, com certeza ficaremos mais feridos, porém se recolhermos nossas pedras com resignação e boa vontade, com elas construiremos os degraus da escada que nos levará ao Céu, nossa pátria definitiva.
Devemos lembrar que todos os Santos, como diz o Apocalipse, passaram pela tribulação, ninguém nasceu Santo, todos conquistaram a duras penas, a coroa da vitória, a bem-aventurança.
Todos tiveram que dominar a natureza, os instintos, a personalidade, o humor, as fraquezas, as tentações, os vícios, as humilhações, os medos, os traumas, as paixões, a falta de fé, etc. Porém, nenhum deles alcançou a Santidade sem o Esforço Pessoal, a Graça Divina, a Oração, a Penitência, a Reconciliação e principalmente, sem a Eucaristia.
Com certeza, o exemplo das virtudes dos nossos cidadãos do céu nos servirão, para um dia, com eles podermos eternamente cantar: “Louvor, Glória, Sabedoria, Ação de Graças, Honra, Poder e Força pertencem ao nosso Deus pelos séculos dos séculos. Amém”.
Recorrer aos Santos nos dá a certeza de que as nossas preces e súplicas chegarão a Deus, pois eles não cessam de interceder por nós junto ao único mediador, Jesus Cristo.
Maria e os Santos, nossos advogados no Céu, roguem por nós!

Amém!

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