Jacinta Marto



Beata!
Jacinta Marto

20 de Fevereiro

“Aonde vais, ó pastorinha, pela manhã ainda tão cedo?
Te esperam as ovelhas e as pastagens por todo o dia.
Vais com Francisco, teu irmão, vais com Lúcia, tua prima,
vais com Deus e Nossa Senhora, a jornada será longa”.


“Se não fizerdes como um destes pequeninos não entrareis no Reino dos Céus” (Mt. 18, 3).

A pequena Jacinta Marto correspondendo sem reservas à Graça Divina realizou rapidamente uma grande perfeição na imitação de Cristo e voluntariamente consumiu sua breve existência pela Glória de Deus, cooperando na salvação das almas mediante fervorosa oração e assídua penitência.

A infância:

Aljustrel, o encantador lugarejo da freguesia de Fátima, é o cenário de uma linda história de amor. A história dos três pastorzinhos que viram e transmitiram as mensagens da Ssma. Virgem Maria; são eles: Lúcia e seus primos, Francisco e Jacinta!
Era inverno e no pequeno lugarejo de Aljustrel, um suave perfume de relva molhada exalava nos ares com a chegada do sol da manhã.
Tudo corria tranqüilo em mais um dia de trabalho normal. Na pequena casa do Sr. Manuel Pedro Marto, a situação estava um pouco tumultuada, afinal, Dona Olimpia de Jesus, estava em trabalho de parto, todos aguardavam a chegada do 11º filho, seria o último.
Era dia 11 de março de 1910, e perto do meio-dia veio ao mundo à encantadora Jacinta Marto, seus olhos eram vivos e negros como duas jabuticabas. Era mimada por todos. Foi levada a pia batismal no dia de São José, 19 de março de 1910.
Francisco era dois anos mais velho que Jacinta, porém o dois eram inseparáveis, trocavam confidências e faziam a alegria dos Marto. Jacinta era viva e alegre, ficava logo amuada com alguma contrariedade. Seu pai contava com emoção que: desde que Jacinta aprendeu a rezar a Ave-Maria, dizia em vez de “Cheia de Graça”, “Cheia de Graças”, e não houve ninguém que a convencesse a dizer o correto.
Num determinado momento, os Marto, vão morar ao lado da família de Lucia, a mãe de Lucia era irmã da mãe de Jacinta e Francisco (D. Olimpia).
Casa muito pobre, poucos cômodos, móveis quase nenhum, uma humilde lareira e uma cozinha pequena, porém alegre, com a presença de D. Olimpia sempre cantarolando entre os afazeres domésticos.
Lúcia ajudava a olhar seus primos, para eles contava histórias e fazia inocentes brincadeiras. Jacinta ficava encantada com a narrativa da Paixão de Cristo e Francisco gostava de jogos de soldados.
Tudo corria tranqüilo, até o dia 13 de maio de 1917. Era primavera, era o mês das flores e de Maria. O mundo era lavado pelo sangue de milhares de inocentes, a 1º guerra mundial já se arrastava por mais de 3 anos.
Era uma luminosa manhã de domingo, depois de participarem da Santa Missa na Igreja de Aljustrel, Lúcia, Francisco e Jacinta saíram em direção a serra, onde juntaram o seu pequeno rebanho de ovelhas, ao que Lúcia determinou: “Vamos para as terras de meu pai, na cova da Iria”.
O Tempo passara calmo e entretido. Os pastorinhos já tinham comido a merenda (pão de centeio, queijo e azeitona) e rezado o Santo Terço. Perto do meio-dia, subiram a um terreno mais elevado e começaram a brincar.
De repente as crianças viram como que um clarão de um relâmpago e com um pouco de medo reuniram o rebanho e desceram, logo em seguida um novo clarão. Pararam confusos e maravilhados: ali, à curta distância, sobre uma carrasqueira de um metro, aparecia-lhes a Mãe de Deus!
Disse Irmã Lúcia: “Era uma senhora vestida toda de branco, mais brilhante que o sol, espargindo luz... estávamos a um metro de distância, e então Nossa Senhora disse-nos”:
- Não tenhais medo, eu não vos faço mal
- Donde é vossmecê?, perguntei-lhe
- Sou do Céu.
- E que é que vossmecê deseja?
- Vim para vos pedir que venhais aqui seis meses seguidos, todo dia 13, nesta mesma hora... Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que ele vos quiser enviar, em atos de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido, e de súplica pela conversão dos pecadores?
- Sim, queremos!
- Ides, pois, terereis muito o que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto...
- Rezem o terço todos os dias...
A Virgem elevou-se no firmamento. Somente Lúcia ouvia a Virgem Maria.

“Ó mãe, vi hoje Nossa Senhora na cova da Iria!” (Jacinta).

Ao fim da primeira aparição os videntes voltam para casa maravilhados... Lúcia propõe aos primos não dizer nada a ninguém. O contrato fica estabelecido.
Na idade da inocência e ainda encantada com a aparição, Jacinta não se contém e diz: “Ó mãe, vi hoje Nossa Senhora na cova de Iria!”.
Impossível conter um segredo celeste, em poucas horas toda a região já tinha conhecimento da aparição.
Muitos interrogatórios, audiências com sacerdotes e sempre repetindo com muita lucidez e verdade os fatos.
Antes da última aparição, os três pastorinhos foram presos, na cela e junto com os demais presos eles entreolhavam-se assustados.
- Vamos rezar o terço, disse Jacinta tirando do pescoço uma medalha de Nossa Senhora e pediu ao preso mais alto para pendurá-la num prego; e todos, de joelhos, começaram a rezar o terço. Os presos, um a um foram de joelhos. Tudo ofereciam a Deus, sacrifícios e orações.
Depois da última aparição, em 13 de outubro de 1917, quando mais de 70 mil pessoas assistiram o milagre do sol, os dois, irmão Francisco e Jacinta preparam-se para um curto calvário, que os levaria o quanto antes, para junto de Nossa Senhora conforme Ela havia prometido.
Francisco morreu santamente em 04 de abril de 1919.
Jacinta teve a vida caracterizada pelo espírito de sacrifício, pelo amor ao coração de Maria, ao Santo Padre e aos pecadores. Depois de uma longa e dolorosa doença, oferecendo todos os sofrimentos pela conversão, pela paz, a pequenina Jacinta entrega santamente sua alma a Deus; era a tarde de 20 de fevereiro de 1920, em Lisboa.
“Eu iria com muito gosto para o convento, mais gosto mais ainda de ir para o Céu” (Jacinta).
No dia 13 de maio de 2000, o Santo Padre, Papa João Paulo II, beatificou os irmãos Francisco e Jacinta Marto; a irmã Lúcia foi levada aos Céus no dia 13 de fevereiro de 2005, aos 97 anos.
Beata Jacinta Marto
Rogai por nós!

Paz e Bem!

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